O mais novo filme de vampiro chega aos cinemas nesta quinta-feira, 18, em todo o Brasil. “Abigail”, dirigido por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, promete quase 2h de um bom filme – e ele entrega tudo o que esperamos e mais um pouco. Há falhas, não há inovações, mas é um longa extremamente divertido e que vale o tempo investido nele.

Em “Abigail” acompanhamos um grupo de supostos criminosos sequestrar uma bailarina de doze anos, filha de um dos mais poderosos homens do submundo, e tudo o que eles precisam fazer para coletar um resgate de US$ 50 milhões é observar a garota durante a noite. Em uma mansão isolada, os raptores começam a sumir, um por um, e descobrem, tomados por um horror galopante, que estão trancados dentro de casa com uma garotinha nada normal.

“Abigail” começa excelentemente bem. Cria uma trama de suspense, um sequestro bem sucedido e uma inteligente apresentação de todos os seus personagens. Após esse primeiro ato, há o toque de terror macabro e sangrento prometido em entrevistas dos participantes do projeto e nos trailers da produção.

Até aí, apesar de uma risada ou outra, o clima é de suspense e tensão, até mesmo medo – promovido por um ou outro jumpscare. A partir de então, o suspense e o terror, que seguem até quase o final do filme, cedem o seu lugar de protagonista para o “terrir”, o gênero que mistura o horror com a comédia – e “Abigail” tem bastante sucesso nessa mistura.

Inclusive, um dos meus momentos favoritos do filme é quando o roteiro brinca com a mitologia vampiresca que conhecemos. Como derrotar um vampiro? Alho? Água benta? Crucifixo? Estaca? Luz do sol? Bem, em algumas produções, sim, mas, em “Abigail”, pode ser um pouco diferente – e isso é divertido de se ver.

Abigail (2024) - IMDb

Apesar da excelente evolução do filme e a maravilhosa trilha sonora da produção, chega um momento que a produção estagna. Aparentemente sem saber para onde ir, Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett parecem abraçar o “pastelão”, com aquele humor mais bobo e escrachado, e seguem com isso até o final – além de um drama familiar bastante raso, que quase coloca tudo a perder nos minutos finais.

Mesmo com essa dificuldade dos diretores, não posso falar que a experiência de assistir o filme é atrapalhada. Claro, “Abigail” não inova e nem tenta reinventar o gênero, usando e abusando dos clichês, do início ao fim, mas a história divertida e o elenco bastante carismático são o suficiente para agradar os espectadores. Sobre o elenco, inclusive, podemos ver um dos últimos – senão o último – trabalho do talentoso e saudoso Angus Cloud. Além, é claro, da estrela em ascensão Alisha Weir.

Também podemos nos encantar, mais uma vez, com o talento e a beleza de Melissa Barrera – demitida injustamente da franquia “Pânico”a minha franquia favorita de horror, mas que espero que passe a fracassar por suas decisões questionáveis fora das telas. A atriz, inclusive, demonstrou grande talento nos dois filmes da franquia “Scream” para viver a “Final Girl” da nova geração.

Enfim, “Abigail” é entretenimento certo. Vale cada segundo do seu tempo. O filme entretém, diverte, dá susto, deixa tenso e amedronta. “Personifica” bem o que uma produção focada no entretenimento precisa fazer para divertir todos os seus espectadores. Vale o ingresso e, com certeza, quando estiver em um streaming, assistirei novamente.

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